O impacto das bets no bolso: lucro ou prejuízo? Leia e reflita com a gente!
Quem nunca sonhou com um “dinheiro fácil”, aquele que resolveria rapidamente todos os problemas e permitiria a realização de sonhos quase impossíveis? Ano a ano, os acumulados das loterias da “virada” comprovam: o brasileiro não desiste nunca. E a chegada das casas de apostas ao país colaborou para alimentar esse cenário.
Impulsionado pela ampla divulgação nas redes sociais, muitas vezes, com a ajuda de influenciadores e atletas, o setor movimentou entre R$ 60 bilhões e R$ 100 bilhões em 2023, segundo levantamento da consultoria Strategy&, da PwC. O mesmo estudo aponta que as apostas esportivas já representam 76% dos gastos com lazer e cultura nas classes D e E.
Mas qual é o real impacto das apostas no bolso dos brasileiros? A categoria “dinheiro fácil” realmente se aplica a esse mercado? Leia o texto até o fim para entender melhor e compartilhe com as pessoas que você conhece!
- Legalização, lucro e prejuízo
- O perfil dos apostadores
- O custo real das apostas
- Entretenimento ou problema?
Legalização, lucro e prejuízo
As bets foram legalizadas no Brasil em 2018, mas somente no fim de 2023 foram regulamentadas. A partir disso, empresas interessadas em continuar operando tiveram que se adequar a um conjunto de regras — e algumas delas têm o intuito de proteger o consumidor. É sempre bom lembrar: as casas de apostas são estruturadas para gerar lucro para si mesmas, não para os apostadores.
Aliás, quando falamos em “lucro” para o apostador, vale a reflexão: quanto dinheiro precisou ser colocado nas apostas para que algum prêmio tenha sido obtido?
Se você nos acompanha, já sabe que o Parceirão sempre reforça a importância da educação financeira para manter as finanças equilibradas e, consequentemente, a qualidade de vida. Logo, saber quanto é dedicado ao universo das bets ajuda a ter clareza sobre lucros, prejuízos e do que foi preciso abrir mão para direcionar dinheiro a uma casa de apostas.
O perfil dos apostadores
De acordo com o Banco Central, a maioria dos apostadores tem entre 20 e 30 anos, embora a prática se espalhe por diferentes faixas etárias. O valor médio de transferências aumenta com a idade: mensalmente, os mais jovens gastam cerca de R$ 100, enquanto os mais velhos ultrapassam os R$ 3.000.
Há tempos, este deixou de ser um universo masculino. De acordo com o Grupo Consumoteca, entre as bets esportivas, 52% dos apostadores são homens; no entanto, entre as rifas on-line e sorteios pagos, 66% são mulheres.
O Banco Central reforça que parte considerável do salário é dedicado às apostas, também presentes entre milhares de beneficiários de programas sociais. É natural que a promessa de “dinheiro fácil” tenha maior apelo entre os grupos de maior vulnerabilidade social, os mesmos que acabam se endividando em busca das supostas soluções oferecidas pelas bets.
O custo real das apostas
Dá para dormir tranquilo(a) quando as dívidas se acumulam? Impossível, né? Na tentativa de quitar débitos diversos, muita gente acaba recorrendo às bets — mas o resultado é incerto.
Para avaliar o impacto das apostas entre os brasileiros endividados, a Serasa, em parceria com o Opinion Box, entrevistou inadimplentes por todo o país. A pesquisa apontou que 44% das pessoas com dívidas já apostaram com o objetivo de tentar quitar seus débitos. Um dado relevante é que, entre os apostadores gerais, 57% não estavam endividados antes de começar a apostar.
Além disso, um em cada dez apostadores já fez empréstimo para apostar. Entre os entrevistados, 52% relataram prejuízos, exclusivamente. Outros 27% revelaram que perderam e ganharam na mesma proporção.
Outro estudo, feito pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, mostrou que 19% das pessoas já deixaram de fazer suas compras de mercado e direcionaram esse dinheiro para as apostas. Na pesquisa do Grupo Consumoteca, que citamos anteriormente, muita gente revelou justamente isso: retirar dinheiro que, inicialmente, seria destinado às necessidades básicas e direcioná-lo às bets é uma prática comum. Também é frequente dedicar os ganhos com as apostas à compra de “pequenos luxos”.
Entretenimento ou problema?
Um “joguinho” pode parecer inofensivo, mas a mecânica das casas de apostas é construída para atrair constantemente quem se arrisca nelas. Por isso, é preciso prestar atenção a alguns sinais que podem indicar a perda de controle, entre eles, a realização de apostas com mais frequência do que o planejado, gastar além do seu orçamento e sentir ansiedade frente à possibilidade de não poder jogar.
A conscientização e a educação financeira são essenciais para entender os riscos associados às apostas e garantir que elas não se tornem uma fonte de estresse. Cada decisão financeira deve ser feita com cuidado e consideração, buscando sempre um equilíbrio saudável entre diversão e responsabilidade.
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